terça-feira, 11 de março de 2014

Uma Receita Clássica do antirrestaurante!



Quando voltei a morar em Porto Alegre, depois de quinze anos longe da cidade que nasci, reencontrei amigos de longa data. Como estava inaugurando a Casa Cardozo na cidade, não foi difícil pensar em convidar vários desses amigos para os primeiros jantares do antirrestaurante. Alguns prometeram, outros vieram e poucos nunca apareceram.


Dos amigos que apareceram e gostaram desse novo conceito gastronômico, alguns viraram "habitués" da casa.  São dois anos e meio em que, ao menos uma vez ao mês, eles aparecem para conferir o cardápio. E é claro que não precisa ser amigo para sentir-se em casa em um antirrestaurante, afinal é na casa do Chef, do próprio cozinheiro, que você está jantando. Uma casa de verdade!


Um desses amigos esteve em nosso jantar do último fim de semana. Como de costume, trouxe seu vinho e a companhia de sua esposa. Já na mesa de jantar, acabou conhecendo um outro convidado, dono de uma vinícola brasileira, que trouxe alguns vinhos de sua própria produção. Foram vários rótulos (todos ótimos), um para cada prato do jantar, talvez mais...



Não preciso dizer que meu amigo, acostumado a dividir uma garrafa de vinho com a esposa durante todo o jantar, teve, digamos assim, uma "overdose" de bons vinhos. E o clima do jantar, que sempre é divertido, tornou-se um pouco mais caloroso e especial. Antes da despedida, ainda abrimos mais algumas garrafas, conversamos bastante e é claro que aumentamos um pouquinho mais o volume da música. Foi uma bela noite!




No outro dia, bem mais tarde, depois de acabar com a arrumação da cozinha (sim, sobra muita coisa para limpar e sim, é o próprio cozinheiro que cuida de tudo em um antirrestaurante), recebi uma mensagem do meu amigo. De alguma maneira, desculpando-se por algo que tivesse feito, mesmo sem lembrar de muita coisa, algum excesso cometido. Na hora eu pensei, não se deve pedir desculpas por tanta satisfação e prazer. 



Sem contar os ótimos vinhos da noite (Viapiana, Angheben e alguns ótimos espanhóis), gosto de pensar que meus pratos também contribuíram para tanta felicidade. E logo na entrada, servi uma salada muito especial. Ela é feita com ingredientes de pequenos produtores de Farroupilha, uma pequena cidade colonial da serra gaúcha. Eu uso folhas verdes, bons tomates, grão-de-bico e os tradicionais queijo serrano e salame italiano. É lindo, é gostoso e já se tornou um clássico da casa!





Uma noite assim, começa com uma boa entrada e termina com a vontade de repetir o que passou. E como tudo nessa vida tem um pequeno segredo, para o cozinheiro, a estrela da noite foi o molho vinagrete especial do Cardozo (meu!). Então, para que vocês possam ter esse prazer em casa, vou passar a receita da Salada Serrana e dar as dicas do tal vinagrete.

Salada Serrana (4 porções):

Folhas de alface e rúcula.
4 tomates (maduros) sem sementes.
100g de grão-de-bico.
16 fatias (bem finas) salame italiano (o mais artesanal que você conseguir).
32 pequenos cubos de queijo (130g). Uso queijo serrano (gaúcho).

Vinagrete:

1 tomate (sem semente) picado finamente.
1/2 cebola roxa picada finamente.
12 cebolinhas francesas bem picadas.
4 colheres de sopa de azeite de oliva.
6 colheres de sopa de vinagre de vinho branco.
2 colheres de sopa de vinagre de vinho tinto.
1 colher de chá de açúcar.
Sal e pimenta.

Acredito que o segredo está na qualidade do vinagre, por isso uso vinagres da minha própria cozinha. 
Com esses ingredientes, você pode usar o seu próprio modo de preparo, tenho certeza que ficará ótimo!


Mas lembrem: uma salada só, não faz verão. A felicidade vem acompanhada de taças de vinho, compartilhadas com bons amigos!

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